Comer menos frutas e vegetais é um fator de risco para doença renal?
Um estudo publicado recentemente por cientistas da Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos, encontrou uma ligação entre o baixo consumo frutas e vegetais e doença renal crônica, que atinge 10 milhões de pessoas no Brasil.
A doença progride e deixa os rins menos capazes de filtrar os resíduos do sangue. Em estágios mais graves, o paciente fica suscetível a complicações cardiovasculares e dependente de diálise.
A pesquisa não mostra se a baixa ingestão de vegetais é fator de risco com insuficiência renal ou reação a uma doença. Mas sim, existem outros trabalhos científicos que indicam que comer mais frutas e vegetais nos protege de doenças renais. Pensa-se que mais fibras e antioxidantes na dieta minimizam o estresse oxidativo e a inflamação, que são prejudiciais à saúde, entre outras coisas. lavagem.
O fato é que, segundo estimativas, apenas um em cada três brasileiros consome regularmente frutas e hortaliças. Este é um número baixo. Esses vegetais são importantes fontes de compostos bioativos com efeitos benéficos à saúde.
rico vitaminas A, C, E e K e minerais como potássio, magnésio e cálcio. Além disso, fornecem fibras e substâncias antioxidantesque combatem os radicais livres que causam danos às células.
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No caso da doença renal crônica, os médicos às vezes aconselham os pacientes a reduzir a ingestão de potássio, um mineral comumente encontrado nesses vegetais. Mas essa recomendação tem um contraponto. Isso porque esses alimentos ajudam a equilibrar a microbiota intestinal ao reduzir as alterações que levam à produção de proteínas que podem ser tóxicas ao organismo.
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Essas proteínas se acumulam no sangue e nas doenças renais contribuem para a chamada síndrome urêmica, progressão do quadro, resistência à insulina e problemas cardiovasculares. Uma dieta rica em fibras pode reduzir a quantidade dessas substâncias na urina em cerca de 60%.
Portanto, o nível de potássio deve ser monitorado por um médico, mas isso não é motivo para excluir os vegetais do cardápio. Também porque a ingestão de fibras e antioxidantes encontrados em frutas e vegetais é de grande importância. efeito anti-inflamatórioe pessoas com doença renal crônica sofrem de inflamação crônica.
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Não são apenas os rins que estão protegidos dessas mudanças nos hábitos alimentares. Estima-se que entre as pessoas que comem mais de cinco porções de vegetais por dia, o risco de doença cardíaca seja reduzido em 20% em comparação com aqueles que comem menos de três porções.
Aspargo, aipo, alface, brócolis, cebola, tomate, soja e sementes de gergelim são exemplos de alimentos que, por suas propriedades benéficas para a circulação sanguínea e para as artérias, devem fazer parte do cotidiano da população em geral. Um importante ingrediente de estilo de vida para a proteção dos rins e do coração.
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* Caroline Reigada é médica nefrologista e clínica médica pela Santa Casa de São Paulo; Marcella Garcez é nutricionista e diretora da Associação Brasileira de Nutricionistas (Abran).
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